12.11.07

You don't have to dream to get there...

...but it's harder than it seems, to get there.
[Jesus Jones, "To Get There", música-tema da cobertura do Tour de France na ESPN]

Fui sábado para Teutônia para correr a 1a etapa da Volta Ciclística daquela cidade, uma prova de escalada na pequena localidade de Linha Harmonia. Lindo vilarejo rodeado por morros igualmente bonitos - e altos. Pouco antes da largada, o mundo veio abaixo, o que eu considerei inicialmente positivo: prefiro a refrescância da chuva ao mormaço, especialmente em uma subida com o sol no lombo.

Bom, escaladas não são meu forte, mas me defendi como pude para chegar em 8o lugar, ainda mantendo contato visual com o grupo que levou as primeiras colocações. Rafael Gehardt (Avaí/Florianópolis) levou a primeira colocação, com o atual campeão gaúcho, Cleiton Fadanelli (ACACI/Caxias), em segundo. Fiquei satisfeito quando vi alguns nomes que chegaram atrás de mim, como Jefferson Molter (APEG) ou Jair Farias (Acivas/Beto's Bike), e mesmo o Ricardinho Machado (Adventure Bike Shop), que lidera a Copa União. Ainda assim, como a classificação se dava por pontos, isto significaria que teria de recuperar o prejuízo no domingo se quisesse ter alguma chance de um lugar no pódium.

As alternativas de hospedagem em Teutônia deixaram a desejar. O hotel da cidade já estava lotado (além da prova de ciclismo, havia uma competição de Mountain Bike e um encontro de corais tomando conta de todas as hospedarias da região), e o alojamento reservado pela Federação, consistindo de uma escola com duas salas de aula, já não tinha mais colchonetes. Logo, entre dirigir até Lajeado e pagara 30 ou 40 reais, preferi optar por investir a mesma quantia na gasolina e voltar para dormir em casa - aproveitando, além do meu colchão, a possibilidade de limpar a bicicleta, trocar todas as roupas por mudas secas, e preparar um novo prato de massa para levar no dia seguinte.

No domingo, voltei à Teutônia em companhia do meu amigo Mauricio Fleck (ex-ciclista e hoje fotógrafo do ÁguasdoSul). A chuva do dia anterior tinha dado lugar à um lindo dia de céu azul, porém tendo o forte vento como preço por esta mudança. A prova realizaria-se em um circuito de 2km, que pode ser resumido como sendo composto de 1km lomba acima, contra o vento e 1km lomba abaixo, à 50 km/h ou mais; duas curvas de 180 graus em cada ponta; a Elite percorreria 30 voltas.

O foguetório não tardou por começar, com os atletas de Caxias tentando sempre colocar o líder em posição de dificuldade; este, por sua vez, recrutou alguns amigos no pelotão para lançar contra-ataques. Atuando como "freelancer", lancei alguns ataques, mas as composições das fugas sempre foram desfavoráveis, e com tal poder de fogo nos perseguindo, os esforços acabaram sendo em vão. Nas últimas dez voltas, os dois líderes racharam o que restava do pelotão e eu não consegui me juntar à eles, fiquei novamente em um grupo que disputaria a 6a colocação. Me posicionei como pude e tentei economizar energias para o sprint final, mas fui superado - por menos de uma roda - por Daniel Salazar na chegada. Um novo sétimo lugar não foi suficiente para pegar um lugar no pódium, mas mesmo assim foi um bom resultado.

O Fleck dirigiu de volta, eu praticamente apaguei, e só cheguei em casa depois graças ao "piloto automático" que já sabia o caminho dos últimos quilômetros. Banho, janta e cama, a tradicional celebração dos resultados no Mulligans teve de ser adiada por absoluta falta de condição do proponente...

1 comment:

Monica Mayer said...

Parabens pela 7a e 8a colocacao, portanto! :)
Ou melhor, parabens pelos 280 kms (=chute) percorridos!
Ou melhor, parabens pelos 4,8 milhoes de calorias consumidas. :)

(Se quiseres ouvir sobre os atuais resultados da minha pesquisa: http://monimays.blogspot.com :) Bjins)