12.6.08

Regresso

A volta do Canadá não foi sem alguns percalços. A diária na residência da universidade terminava ao meio-dia, mas meu vôo não partia antes das 20h. Tentei negociar um checkout mais tarde, mas tal pedido foi negado, então tive de cancelar meus planos de uma pedalada naquela linda manhã de sábado para arrumar a mala e liberar o quarto antes do almoço. Deixei as malas na recepção e saí para mais uma caminhada, para ainda olhar algumas lojas de ciclismo, almoçar, etc. No meio da tarde, parti para o aeroporto, onde consegui lugar num vôo mais cedo, de modo que tive mais tempo para encontrar o Omar "Ekevoo" no aeroporto de Toronto.

O vôo da Air Canada atrasou quase uma hora, devido à problemas na aeronave, que teve de ser substituida. Nada de mais; foi um vôo tranquilo. Em São Paulo, onde aterrisamos as 11h30, fiz a alfândega e o check-in para o vôo para Porto Alegre, que partiria as 14h. Embarcamos no avião com talvez 15 minutos de atraso e justificaram, como razão da demora, o mau-tempo em Porto Alegre. Quase meia hora depois, com os passageiros já todos sentados e o avião ainda no finger, o piloto se dirigiu à nós, informando que nossa decolagem havia sido cancelada, pois o aeroporto da capital gaúcha não apresentava condições para pouso. Ao desembarcarmos, recebemos um "vale-reembarque" da TAM, que porém não sabia dizer como tal vale seria utilizado. Depois de inúmeras indas e vindas à loja da compania(*) e ao balcão de check-in, conseguiram remanejar-me para o vôo das 16h45, o qual partiu quase pontualmente.

(*) a grafia é minha. Eu digo compania, logo, assim o escrevo.

Decolamos, serviço de bordo, etc. Quase uma hora de vôo já havia se passado quando o comandante dirige-se aos passageiros, avisando que estavamos iniciando um procedimento de espera circulando sobre Criciúma, aguardando as condições em Porto Alegre melhorarem. Alguns vinte minutos depois, ele volta ao comunicador, avisando que as condições haviam piorado e o aeroporto encontrava-se agora indefinidamente fechado, e que iríamos alternar de volta a Guarulhos. Ponto alto foi, após o pouso, a comissária avisar no intercom: "senhoras e senhores, bem vindos a São Paulo" - a pobre moça foi vaiada por um coral de passageiros...

Após mais alguns intermináveis momentos de indecisão, organizaram a remarcação dos vôos - consegui um novo lugar no vôo das 14h do dia seguinte - e foi providenciado um hotel para os passageiros que, como eu, haviam ficado ilhados. Nada restou a fazer senão cair na cama e dormir quase 11h ininterruptas, matando tempo no hotel até a hora de pegar o ônibus de volta ao aeroporto no final da manhã de uma ensolarada segunda-feira. As informações que recebiamos eram contraditórias - alguns passageiros afirmavam que o aeroporto estava aberto, informações da compania diziam que os vôos para Porto Alegre ainda estavam sendo cancelados ou atrasados indefinidamente - o que não ajudava em nada nos ânimos já exaltados de grande parte dos viajantes. Por fim, com quase uma hora de atraso, chamaram para o embarque, e dali por diante, foi um vôo normal, módulo o atraso e a confusão para retirada de bagagens, pois pousaram 6 aeronaves num intervalo de menos de meia-hora, sobrecarregando a diminuta capacidade do nosso terminal provinciano.

Enfim, em casa, ou não.

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