Começo o relato escrevendo do aeroporto de Frankfurt, torcendo que seja aberta uma lista de espera para o vôo para São Paulo, que surpreendentemente aparece aqui como lotado - apesar de, no início da manhã, eu ainda ter encontrado assentos com tarifa promocional no site da TAM.
Domingo, apesar do tempo instável e, em especial, os fortes ventos, saí para pedalar com o Jan Puschmann, um dos membros do time "A" do RC Herpersdorf. Andamos mais de duas horas em direção oeste, contra o vento, para retornar a Erlangen, à leste, em pouco mais de 40 minutos. Com a bicicleta de contra-relógio, andar a 45 ou 50km/h, com o vento nas costas, era uma brincadeira - e como bom divertimento, me deixou com um enorme sorriso de orelha a orelha.
Prato de massa, comecei a arrumar a mala, e no final da tarde fui a Nürnberg para tomar um café com a Mônica e assim me despedir dela. Tinhamos - e temos ainda - muito para conversar, as mudanças de perspectiva de lá (no Brasil) e aqui, o processo de vir para cá, de pertencer a um ou outro lado (ou a ambos), e todos os sentimentos singulares que afetam quem define como "casa" um lugar distante alguns 12.000 km de onde se nasceu.... Cheguei de volta na república depois das 23h, e só fui me deitar pouco antes das 2h da manhã, com a mala já praticamente pronta, exceto pelas roupas que trocaria no dia seguinte.
Hoje (segunda) me informei com a loja onde havia feito uma encomenda tardia de peças para uns colegas no Brasil. Os energúmenos não haviam sequer despachado o pacote ainda. Acertei com o Benja que, ou ele o enviará pelo correio, ou, idéia que me é mais querida, muito em breve volto para pegá-los - o que é uma mera desculpa, o motivo, óbviamente, é outro - "Questions of science, science and progress, do not speak as loud as my heart" (The Scientist, do Coldplay, que toca nos fones de ouvido cortesia do Vitório).
Aproveitando a inspiração musical, a próxima música que toca é Adore, do Smashing Pumpkings: "If you have to go, don't say goodbye // Someday I'll follow you // See you on the other side". Nada mais apropriado para reforçar o que disse no sábado: nunca partir daqui foi tão difícil. Saí de Nürnberg e esgotei um pacotinho de lenços de papel nas duas horas de trem até o aeroporto.
E, a isto, acrescentar a angústia de agora não saber se consigo um lugar no avião, claramente, não ajuda em nada...
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Fast forward algumas 15 h para frente. Depois de quase 3 horas de "plantão" na frente do balcão de check-in, consegui um lugar de Frankfurt para Guarulhos - no final, de fato, haviam lugares, mas a política da TAM tem sido de não embarcar nenhum passageiro especial até todos os passageiros regulares terem sido checados. Haviam tantos lugares, na verdade, que consegui dois assentos para mim, o que melhorou significativamente a qualidade das posições disponíveis para dormir no vôo.
Estou agora na mesma situação de Frankfurt, no aeroporto de Guarulhos, aguardando a lista de espera do vôo para Porto Alegre, previsto para as 15h30. Sou o primeiro em stanbdy, então acredito que as chances são boas de já estar em casa hoje no fim da tarde.
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Avançando mais 6h. Estou postando este relato já de casa, onde cheguei, bem, são e salvo, encerrando mais essa. Que venha a próxima, e seja em breve!
"Rays of light are travelling // Cloak of night unravelling // I believe in travellin' light!"
4.3.08
whiskas@de3 #6
By/por Whiskas at/às 23:18
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