7.12.08

Sobre a rotina e outros assuntos

Comecei a esquadrinhar uma resposta ao comentário do Kàzic no post anterior, mas esta estendeu-se a ponto de transformar-se num post próprio. Em primeiro lugar, deixo claro que rotina não precisa significar lugar-comum: basta examinarmos a sequência dos dias do Desafio, onde todos os dias a 'rotina' incluia atravessar o continente de bicicleta.
Quero, sim, um pouco de estabilidade no dia-a-dia para poder me concentrar no doutorado e nos treinos para a próxima temporada. É impossível conseguir isso tendo de se mudar uma vez por mês, ou sem saber se na semana seguinte irei trabalhar 20 ou 60 horas.
Existe também um fator macrotemporal, mas daí 'rotina' não é a palavra certa. Rotina refere-se a uma sequência de atividades realizadas 'todos os dias' ao longo de vários meses - e pode compreender programações bem pouco usuais. Por outro lado, alternar entre diferentes rotinas em períodos maiores pode ser igualmente desafiante e de forma alguma chata: a 'rotina' de estar sempre disposto a começar algo diferente, daqui a um ano, ou 5, ou... amanhã?
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Neste fim-de-semana, fui a Bamberg a convite do Michael**, meu colega aqui na república, que estava de aniversário no sábado, 6, também dia de São Nicolau. Depois de um jantar com todos a família - incluindo o melhor das cervejas da região, bem como os Schnapps preparados pelo pai dele - fomos para um clube no centro da cidade dançar e beber mais algumas. Só não voltamos para casa com o raiar do dia pois aqui, às seis horas da manhã, ainda é noite escura...
Voltamos para Erlangen na tarde de hoje (domingo), depois de dormir até o meio-dia e almoçarmos um tradicional almoço dominical com a família, seguido de chás e bolos. Reforço a minha necessidade intrínseca de fins-de-semana fora de casa, seja viajando, treinando, enfim: tais atividades dão outra perspectiva à semana que se inicia no dia seguinte...
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** Michael ganhou o apelido de 'Whiskas do Mal'. Como o Whiskas original, ele é alto, magro, vegetariano e possui certas tendências nerds. É viciado em café e aprecia boas cervejas e vinhos. Tem, inclusive, uma metodologia de programação bastante parecida com a minha (coisas que aprendemos discutindo algorimos depois de uma garrafa de vinho). 'Do mal' pois, ao invés de cursar Física, escolheu a Computação; fuma, não escondendo estar sob efeito do vício; e não tem paixão por esportes de resistência, preferindo virar noites em clubs de música eletrônica. Música que eu adoro, aliás, mas cujos clubes absolutamente não fazem meu estilo - ou, principalmente, meu horário.

1 comment:

Kzk said...

Bizarro-Whiskas, talvez; teu clone do planeta Htrae ...